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George Floyd e racismo nos Estados Unidos e no mundo

Por Debora Rodrigues Barbosa
Um vídeo, mostrando a prisão e homicídio de Floyd, viralizou e deflagrou uma série de manifestações.
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O final de maio e semanas seguintes de 2020 foram marcantes para a história norte-americana e a luta contra o racismo no mundo inteiro, após a morte de um negro, George Floyd, sob os joelhos de um policial branco, Derek Chauvin, enquanto ele estava algemado e de bruços no chão, em Minneapolis, Minnesota, nos Estados Unidos.

 

Um vídeo, mostrando a prisão e homicídio de Floyd, viralizou e deflagrou uma série de manifestações contra a violência policial. A imagem mostrava um homem algemado, angustiado, que afirmava "Não consigo respirar" e implorava repetidamente pela vida.

 

George Floyd não é o primeiro afro-americano cuja morte sob custódia policial provocou protestos. Também houve manifestações e pedidos de mudança depois que Tamir Rice, Michael Brown e Eric Garner foram mortos pela polícia.

 

Mas desta vez parece diferente, com a reação mais intensa e disseminada. Houve manifestações em todos os estados norte-americanos, inclusive em cidades e comunidades rurais predominantemente brancas e em outros países.

 

Desta vez, governos locais, esportes e empresas pareceram mais dispostos a se posicionar, principalmente o conselho da cidade de Minneapolis que prometeu desmantelar o departamento de polícia.

 

E os protestos da "Black Lives Matter” Vidas negras importam) slogan e hashtag cunhados há sete anos nos Estados Unidos para chamar a atenção para os abusos policiais contra afro-americanos, desta vez, parecem mais diversificados racialmente, com um número maior de manifestantes brancos e de outras etnias, ao lado de ativistas negros.

 

Mas, há alguns fatores que contribuem para alimentar os protestos, nos Estados Unidos. A morte de Floyd foi particularmente horrível. Não houve ambiguidade e sim um ato de injustiça inequívoco. As pessoas podiam ver um homem completamente desarmado e incapacitado, com um policial ajoelhado sobre o seu pescoço. A tragédia aconteceu em um período de pandemia e alto desemprego. Não havia forma de as pessoas dizerem que não viram o ato, uma vez que as redes de transmissão alavancaram a visualização, quando o país todo estava trancado dentro de casa, vendo TV.

 

A morte de Floyd ocorreu logo após as mortes de Ahmaud Arbery, na Geórgia, e Breonna Taylor, em kentucky, no início de 2020, dois estados com histórico de escravidão e racismo arraigado na população, em geral. O crime de Floyd foi considerado a gota d´água para muitas comunidades.

 

E daqui para frente? Muitos manifestantes pedem mudanças específicas, incluindo a obrigatoriedade de policiais usarem câmeras corporais e a redução do financiamento das forças policiais.

 

Os protestos ganharam o mundo! As marchas e reuniões de solidariedade ocorreram de Sydney a Beirute, Istambul, Londres e Berlim. O Black Lives Matter é uma tendência global nas redes de mídia social e entre manifestantes nas ruas. Os protestos da Austrália estão preocupados com a opressão persistente das comunidades indígenas do continente. Os protestos franceses coincidem com a raiva causada pela violência policial contra os pardos, nos subúrbios das grandes cidades da França. "Alemanha, você não é inocente", gritavam os manifestantes na Alexanderplatz, de Berlim, enquanto criticavam tanto o assassinato de Floyd quanto o racismo que permeia a sociedade alemã.

 

Lutando para superar uma pandemia, bem como um colapso econômico global sem precedentes, pessoas de todo o mundo agora estão mergulhando em uma mistura potente de medo e solidariedade. Há também o fato de que, mesmo para muitos daqueles que não veem mais os Estados Unidos como um farol de esperança e democracia, o país  continua sendo um indicador global.

 

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