COVID: 5 anos depois, o que mudou?
Já se vão cinco anos: em 11 de março de 2020 diretor-geral da Organização Mundial de Saúde – OMS - anunciava oficialmente que a COVID-19, uma doença infecciosa, havia se convertido em uma pandemia, termo usado para designar um surto de doença que se espalha por vários países e atinge um grande número de pessoas. Em 5 de maio de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional relacionada à COVID-19, mas até o momento a OMS não declarou oficialmente o fim da pandemia de COVID-19.
A pandemia de COVID-19 trouxe impactos profundos e duradouros em diversas áreas da sociedade, transformando a forma como lidamos com a saúde, a economia, a política e os costumes. O vírus, que rapidamente se espalhou pelo mundo, não apenas gerou crises, mas também acelerou mudanças que talvez levassem décadas para ocorrer.
No setor da saúde, os desafios impostos pela pandemia levaram ao avanço acelerado da tecnologia médica, especialmente no desenvolvimento de vacinas, que ocorreram em tempo recorde. Além disso, a telemedicina se tornou uma realidade, permitindo que pacientes fossem atendidos à distância. A saúde mental também passou a ser um tema mais debatido, pois o isolamento social e a incerteza contribuíram para o aumento de casos de depressão e ansiedade. E assistimos também ao fortalecimento de sistemas de saúde, com muitos governos percebendo a necessidade de investimentos na área hospitalar e em prevenção.
Já na economia, a crise provocada pelo fechamento de empresas e pela interrupção das cadeias produtivas resultou em recessão global, aumento do desemprego e inflação. No entanto, a digitalização dos negócios cresceu rapidamente, impulsionando o e-commerce e o trabalho remoto. Empresas passaram a investir mais em tecnologia, e muitos países buscaram fortalecer a produção local para reduzir a dependência de importações. Com a alta demanda e a escassez de produtos pós-pandemia, os preços subiram em diversos setores.
Na política, a pandemia gerou desafios inéditos para os governos, que precisaram adotar medidas restritivas, como lockdowns e fechamento de fronteiras. Além disso, houve um fortalecimento do papel do Estado na economia, com pacotes de auxílio emergencial e estímulos financeiros. A polarização política também se intensificou, com debates acalorados sobre a obrigatoriedade da vacina, uso de máscaras e restrições de circulação. Novas políticas sanitárias também foram adotadas, com exigências de vacinação e uso de máscaras em determinadas circunstâncias.
Por fim, os costumes e a sociedade também passaram por transformações significativas. O home office se tornou uma alternativa viável para muitas empresas, impactando a mobilidade urbana e a organização do trabalho. A higiene pessoal ganhou mais atenção, com o uso frequente de álcool em gel e a adoção de novas práticas sanitárias. Na educação, o ensino remoto se expandiu, mas também evidenciou desigualdades no acesso à tecnologia. Mais pessoas começaram a priorizar qualidade de vida, equilíbrio entre trabalho e lazer e cuidados com a saúde mental.
A pandemia de COVID-19 deixou marcas profundas na sociedade e, embora muitas mudanças tenham sido desafiadoras, algumas transformações vieram para ficar. O mundo precisou se reinventar e continua se adaptando às novas realidades que surgiram nesse período.