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Epidemia de dengue preocupa

15/03/2024
Aumento de mortes alerta para casos graves

A Agência Brasil noticiou esta semana que o país tem mais de mil mortes sendo investigadas por suspeita de dengue e outras 363 já confirmadas. No que pese a extensão da epidemia que atinge o país o número de mortes preocupa as autoridades de saúde.

Uma maior incidência de casos graves renova a importância da identificação do agravamento da doença. Os sintomas iniciais da dengue clássica e da forma grave são semelhantes nos primeiros dias: febre súbita, com temperatura entre 39°C e 40°C , dor de cabeça, cansaço, dores musculares ou articulares e dor nos olhos.

Os sintomas de agravamento da doença surgem geralmente entre o terceiro e o sétimo dia após as primeiras manifestações, quando a febre diminui. Devemos estar muito atentos para sinais como diminuição do fluxo urinário, sensação de tontura ao ficar de pé, dor abdominal intensa, náuseas e vômitos, problemas respiratórios e hemorragias na gengiva, boca e nariz.

Nem todas as pessoas apresentam todos os sintomas, portanto é importante estar atento ao surgimento de algum deles. A dengue rara é uma complicação não muito frequente, mas pode ser fatal. A morte ocorre geralmente por choque circulatório.

Por que ocorre a dengue grave?
Muitos dos casos de dengue grave ocorrem em pacientes que já tiveram outro episódio de dengue. O vírus da dengue tem quatro sorotipos diferentes circulantes no Brasil e quando a pessoa é infectada adquire imunidade contra aquele subtipo específico. O vírus atualmente circulante pode ser diferente do que a pessoa contraiu em outra ocasião e por isso a pessoa é contaminada mais uma vez.

Essa segunda infecção tem maior probabilidade de se tornar uma forma grave da doença, porque os anticorpos desenvolvidos contra o primeiro sorotipo de alguma forma facilitam a entrada do vírus na célula durante uma nova infecção.

Idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão têm maior probabilidade de evoluir para casos graves numa segunda contaminação.

O tratamento contra a dengue grave é mais intensivo e foca mais nos sintomas que cada paciente vier a apresentar. Por isso a prevenção ainda é o melhor caminho.

A vacina específica está disponível apenas para crianças de determinadas faixas etárias e ainda levará tempo para que seja incorporada ao calendário regular de vacinação do SUS. Assim, o combate ao mosquito transmissor continua sendo uma das principais estratégias de controle da doença. Ações de conscientização da população sobre medidas preventivas, como eliminar recipientes que acumulem água parada, usar repelentes e telas em portas e janelas, são fundamentais para reduzir a proliferação do Aedes aegypti. Além disso, o fortalecimento da vigilância epidemiológica e a rápida identificação e tratamento de casos são essenciais para evitar surtos e complicações decorrentes da infecção pelo vírus da dengue.

É o que todos podemos fazer, lembrando que dessa forma prevenimos não apenas a dengue, mas também zika e chikungunya, também transmitidas pelo mesmo aedes egypti.

O uso de repelentes é uma estratégia complementar e segundo a ANVISA 
os eficazes devem conter um destes componentes: Icaridina, DEET ou IR3535. No rótulo das embalagens de repelente você encontra essa informação. Siga as instruções de aplicação, como tempo e quantidade.

Vamos fazer nossa parte! 

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