Saúde

Artigos e notícias sobre saúde.

Destro ou canhoto

Como é definida a lateralidade?
Compartilhe: Twitter Facebook Windows Live del.icio.us Digg StumbleUpon Google

Nos primeiros meses de vida os bebês usam as duas mãos, indistintamente, para segurar o que lhes é oferecido. Isto porque seus cérebros ainda são imaturos, com um funcionamento primário, simétrico, sem especialização das funções.  À medida que se desenvolvem, começam a definir sua lateralidade que, no entanto, só se consolidará nos anos seguintes.

Meu filho vai ser canhoto?
Essa é a pergunta que muitos pais se fazem ao verem os bebês segurando objetos com a mão esquerda. Mas a resposta não é tão simples de ser obtida. A preferência da criança por usar a mão direita (destro) ou esquerda (canhoto) é determinada principalmente pela lateralidade, a tendência natural de um indivíduo em usar predominantemente um lado do corpo em relação ao outro. 85 a 90% dos humanos têm lateralidade destra, ou seja, tendem a usar a mão direita, mas são vários os fatores que determinam tal lateralidade.
 
Fatores genéticos: Estudos sugerem que a predisposição para ser destro ou canhoto pode ser influenciada por fatores genéticos. A hereditariedade desempenha um papel importante, pois existe uma maior probabilidade de uma criança ser canhota se um ou ambos os pais também forem canhotos.

Desenvolvimento cerebral: A preferência pela mão dominante pode estar relacionada à organização cerebral. O cérebro é lateralizado, o que significa que certas funções são dominantes em um hemisfério cerebral específico. Geralmente, a mão dominante é controlada pelo hemisfério oposto do cérebro. Assim, a preferência por ser destro ou canhoto pode estar relacionada à forma como o cérebro se desenvolve e se organiza.

Influências ambientais: Embora a genética seja um fator importante, o ambiente também pode desempenhar um papel na determinação da lateralidade. Fatores ambientais, como a exposição a diferentes estímulos táteis, visuais ou sociais, podem influenciar a preferência pela mão dominante. 

É importante observar que esses fatores estão interligados, pois a genética precisa do meio ambiente e vice-versa, para o desenvolvimento de um cérebro saudável.
A determinação da lateralidade pode variar entre indivíduos. Até os dois anos a criança realiza movimentos bilaterais simétricos. A partir daí e até os cinco anos há uma fase de alternância, na qual usam as mãos, e também os pés, indistintamente, embora algumas crianças já manifestem uma preferência clara por um dos lados. Até os cinco anos a preferência deve se estabelecer e ser respeitada pelos pais ou adultos que convivam com a criança.

Há ainda a possibilidade de a criança usar o lado direito para algumas atividades e o esquerdo para outras, estabelecendo-se o que é chamado de lateralidade cruzada, que pode afetar a organização e o desenvolvimento de algumas funções, especialmente  percepção espaço-tempo, lentidão na leitura e escrita ou no cálculo mental.


Se você estiver preocupado com a lateralidade de uma criança, é recomendável procurar orientação de profissionais da área de saúde, como pediatras ou terapeutas ocupacionais, que podem fornecer uma avaliação e aconselhamento adequados.

Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso site. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade.