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Queimadas na Amazônia

Por Debora Rodrigues Barbosa
O Brasil e países vizinhos do Norte são protetores de um dos maiores biomas do mundo
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O Brasil e países vizinhos do Norte são protetores de um dos maiores biomas do mundo, representado pela Amazônia, um conjunto de múltiplos ecossistemas e de vital importância para a manutenção das condições climáticas do planeta Terra. Desde o século XX, que o bioma tem sido cada vez mais observado como um bem a ser explorado e não como um bem a ser protegido e, a partir de então, a degradação ambiental, representada por desmatamentos, exploração mineral e queimadas tem se intensificado, em prol do crescimento econômico.

 

A Amazônia sempre foi marcada por incêndios, não só naturais, com o avanço do inverno e a redução dos índices pluviométricos, como também pela exploração econômica, através da redução da vegetação, para dar passagem à agropecuária.

 

No ano de 2019, as imagens da Amazônia, em chamas, ganharam notoriedade nos noticiários internacionais, por conta da grande quantidade de focos de queimadas e as poucas ações do governo federal para conter o problema logo de início.

 

Embora seja comum haver mais focos de incêndios em anos menos chuvosos, em 2019 a situação se inverteu.  De janeiro a agosto, choveu mais do que nos últimos anos, e o número de pontos de incêndio foi maior, o que pode ser associado à ação humana. Muitos proprietários, na área agropecuária, têm desrespeitado a legislação ambiental e se utilizado de práticas inadequadas para a exploração do solo amazônico, contribuindo para o aumento do número de queimadas. Eles não temem a ação do poder público para puni-los, quer seja através de sanções de responsabilização ambiental civil, administrativa ou criminal.

 

No entanto, diante da notoriedade da situação e da pressão dos países desenvolvidos por intervenções eficazes para conter o problema ambiental, a presidência da república buscou tomar medidas adequadas para o tamanho do problema, de ordem não só ambiental, como geopolítica e diplomática, no cenário internacional.

 

Representantes do poder público federal reuniram-se com os governadores da Amazônia, na busca de soluções em conjunto.  Foram mobilizadas centenas de brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a região, bem como materiais logísticos e de contenção contra incêndios de várias unidades de bombeiros militares do Brasil.

 

No Estado do Mato Grosso, duas secretarias (de Meio Ambiente e de Segurança Pública) uniram-se no esforço operacional denominado de "Abafa Amazônia", mobilizando vários órgãos estaduais para efetivar o combate à degradação florestal, o desmatamento e queimadas irregulares. O presidente Jair Bolsonaro decretou a proibição das queimadas no país por 60 dias, salvo em situações permitidas pelos órgãos de fiscalização.

 

Todas essas ações são importantes para reduzir a crise ambiental atual e apaziguar a situação diplomática internacional, mas é fato que outras iniciativas precisam ser realizadas para proteger um bem que dever ser resguardado para essa e as futuras gerações de brasileiros.

 

E mais!  Muitas nações que historicamente contribuem para a proteção da Amazônia estão reduzindo seus investimentos. Instituições de todo mundo estão cada vez mais pressionadas, por seus consumidores , para comprar mercadorias cuja origem também seja sustentável. Portanto, comprar couro, soja ou madeira de fontes onde o desflorestamento e as queimadas ilegais imperam, pode não ser de interesse comercial. Discursos e ações anti-ambientalistas têm alvo econômico, acima de tudo. Ninguém deseja perder negócios, hoje em dia.

 

No Brasil, inicialmente, o governo federal acusou as Organizações Não-Governamentais por incêndios criminosos, para colocar o presidente atual, “contra a parede”.  Mas, as ações governamentais contra ambientalistas e atuações de proteção ambiental têm colocado a questão em xeque. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão que faz a medição do desmatamento há décadas, no país, já tinha alertado para o aumento do desflorestamento na Amazônia, mas o presidente demitiu o seu diretor e contestou os dados científicos e estatísticos.

 

É fato que o governo atual não tem uma agenda ambiental desenvolvida e conta com amplo apoio de setores da sociedade que estão interessados em desmatamento não só da Amazônia, como também dos demais biomas brasileiros.

 

A pressão da opinião pública de parcela representativa da sociedade brasileira, além da repercussão internacional negativa para o país, pode mudar essa postura.

 

É importante destacar que, segundo especialistas, os incêndios na Amazônia causam prejuízos ambientais mais graves do que incêndios em outros biomas, porque há maior perda de diversidade, já que a Amazônia é o maior bioma do planeta. Além disso por ser mais densa, a floresta amazônica perde mais matéria vegetal do que florestas de outros biomas. E essa maior perda de biomassa (matéria vegetal), acarreta maior emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.

 

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