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Dióxido de Carbono

15/01/2020 · 01:24 · atualizado em 05/01/2021
Brasil figura na lista dos 15 países que mais emitem CO2.

De acordo com dados do Global Carbon Atlas (Atlas Global de Carbono, em tradução livre), que mede as emissões de dióxido de carbono (CO2) pelo mundo, o Brasil entrou na lista dos 15 maiores emissores do gás. A notícia preocupa, já que o dióxido de carbono permanece na atmosfera por cerca de 100 anos e traz consequências globais irreparáveis.

Em 2018, o país foi o 14º que mais emitiu CO2. Vale lembrar que o dióxido de carbono é o principal gás responsável pelo efeito estufa. O México era o único representante da América Latina no grupo antes da entrada do Brasil.

A ação das emissões de CO2 nas mudanças climáticas voltou à tona durante a COP 25 (Conferência da ONU para o Clima), realizada em Madri, na Espanha e que contou com a participação de cerca de 200 países. A conferência terminou em dezembro, após dias de longas e tensas negociações. Entre os resultados, o mais importante é o pacto pelo qual os países se comprometeram a estabelecer metas mais rígidas para a redução das emissões de CO2.

Relembrando... Dióxido de carbono

O dióxido de carbono ou gás carbônico é uma substância química de dois átomos de oxigênio e um de carbono, representado pela fórmula CO2. É inorgânico e em temperatura ambiente se apresenta nos seguintes estados: apolar, gasoso, linear, incolor, inodoro e solúvel em água.

Ele é liberado durante a respiração humana e na queima de combustíveis fósseis, entre os quais estão a gasolina e o diesel. A sua inalação, em intensa quantidade, provoca irritações nas vias aéreas, vômitos, náuseas e em alguns casos a morte por asfixia. No reino vegetal, é indispensável para a fotossíntese.

Algumas reações químicas utilizam o dióxido de carbono como subproduto. Entre os exemplos, tem-se a fermentação das bebidas alcoólicas. Nos refrigerantes e na água gaseificada o gás carbônico é utilizado de modo dissolvido, contribuindo com a efervescência dessas bebidas. Outra forma de uso do CO2 é em extintores de incêndio e como anestésico em animais que serão abatidos.

Maiores emissores

China, Estados Unidos e Índia figuram entre os três maiores emissores de CO2.

A China se tornou alvo de diversas entidades científicas por ser a maior emissora do gás no mundo. Na conferência do clima em Copenhague, em 2009, os chineses prometeram que reduziriam suas emissões em até 45% até este ano. Porém, dados coletados pelo Global Carbon Project, que produz o Atlas, revelaram que o país ainda está longe de alcançar a meta.

A situação é tão grave, que, em comparação, os países da América Latina, juntos, emitiram cerca de 17% de CO2 do total da China em 2018. No caso do México e do Brasil, duas maiores economias da região, também houve aumento no número de emissões. Cada um dos países, individualmente, emitiu cerca de 5% do que a China lançou na atmosfera durante o ano de 2018.

Outro grande emissor, o segundo do mundo, os Estados Unidos também não conseguiram reduzir suas emissões. Em novembro do ano passado, o país deixou o Acordo de Paris (acordo que rege medidas de redução de emissão de gases estufa a partir de 2020).

No mesmo acordo, o Brasil se comprometeu a reduzir suas emissões em 37% até 2025 e em 43% até 2030. Já o México estipulou que até 2030 irá diminuir suas emissões de gases do efeito estufa. As medidas do Acordo de Paris visam a manter o aquecimento global abaixo de 2°C e buscar esforços para limitar o aumento médio da temperatura a 1,5°C até 2100.

Maior concentração de CO2 em toda a história

A coleta de dados pelo Projeto Global Carbon é uma parceria entre a rede internacional de cientistas Future Earth e o Programa Mundial de Pesquisa sobre o Clima, ligado à ONU, e revela o avanço da liberação de gases do efeito estufa na atmosfera nas últimas décadas.

Em maio de 2018, o estudo mostrou que os níveis atmosféricos de CO2 ultrapassaram as 415 partes por milhão (ppm) pela primeira vez em toda a história da humanidade. Segundo cientistas, a concentração de CO2 não deveria passar de 350 ppm.

O consumo excessivo de energia por todos os países e o excesso de emissões de CO2 tendem a levar ao esgotamento dos recursos naturais que a humanidade necessita. Por essa razão, são necessários meios e ações com a finalidade de harmonizar o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental.

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